segunda-feira, 17 de março de 2014

Resenha Crítica da Música: "Rosa", Por: Thales Augusto.


Maior declaração de Amor do Mundo.

Por: Thales Augusto               

     Alfredo de Rocha Vianna Júnior nascido em 1897 foi um virtuoso flautista, saxofonista e um compositor e arranjador genial. Pixinguinha criou o que hoje são as bases da música brasileira, misturou chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, como o Blues e o jazz, fazendo surgir um estilo genuinamente brasileiro. Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil, foi antes de tudo um pesquisador de música, sempre inovando e inserindo novos elementos na música brasileira. Pixinguinha tocava cavaquinho com 12, aos 13 passava para a flauta, e até hoje é reconhecido como o melhor flautista da história musical brasileira.
      A valsa Rosa foi composta em 1917, Pixinguinha somando seus 20 anos de idade, seu título original era Evocação, sua letra foi escrita anos depois de sua gravação, poesia parnasiana e magnificamente linda, criada pelo improvável Otávio de Souza. Otávio era um mecânico de profissão que morreu jovem e nunca compôs nada parecido com Rosa, um compositor de uma única obra prima.
    Rosa em tua melodia possui arranjos magníficos e ricos em sua composição e leva o ouvinte às imaginações, refletir situações, em que se resume na genialidade do autor em passar sentimento e harmonia através desta valsa que foi eternizada ao saxofone do mestre Pixinguinha e com sua letra poética criada e tomada como referência a melodia principal que serviu de inspiração para a composição da poesia parnasiana enrustida em uma melodia de valsa no período dos anos dourados.
      A sua letra é formada por versos ricos de um vocabulário culto, e linguagem rebuscada, em que em seus versos idealizam uma amada apreciando e tornando-a perfeita em seus versos, “como divina e graciosa, alma da mais linda flor” entre outros. Seu constante uso de metáforas faz o ouvinte refletir e pensar no que a letra diz tendo assim uma sincronia de pensamentos de acordo com o andamento da música em que recita características transcendentes de sua amada.
    Em seus últimos versos o eu lírico da cançãopede perdão à idealizada e amada mulher por amá-la lamentando a incerteza da reciprocidade do amor que tem à moça em que imagina em vários momentos conduzir-te aos pés do altar como real prova de seu amor jurando a Deus sua fidelidade até o momento de sua morte e agradecendo-o por todos os desejos e beijos realizados.

     A letra da canção se caracteriza por sua forma como é escrita, com palavras cultas e tornando difícil a compreensão a muitas pessoas além de suas metáforas e suas ênclises. Tomando como referência o parnasiano, a letra da canção rosa se encontra belíssima com versos e rimas muito ricas de maneira que seria muito improvável outra versão desta música tornando-a mais simples e de fácil compreensão. O autor da letra exalta a figura feminina de uma maneira transcendente e a figura do homem singelamente subordinada de modo a exaltá-la ao máximo como consequência de sua paixão à sua amada. 

Versão Cantada:


Versão Melódica:



Pixinguinha. Rosa, Gravadora Acari, composta em 1917.

3 comentários:

  1. Esta canção é perfeita!!! Embora conhecesse a letra desta poesia, não sabia dos detalhes envolvidos em sua produção. MOre, não tenho dúvidas de que tenha produzido essa resenha com muito gosto, pois fica transparente o seu apreço por essa composição. A dica que deixo a ti é que atente mais ao uso adequado das pontuações e evitar repetir as mesmas palavras num mesmo texto, use sinônimos e, quando possível exclua palavras. Continue assim, esforçado que é, mas sempre com equilíbrio, ok? Bjks no S2
    Nota 10,0

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